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VII JORNADA DE ESTUDOS EM TEORIAS DA FOTOGRAFIA - 2025

de 18 a 21 de agosto de 2025

Auditório Baesse / Fafich 4o andar / UFMG / Campus Pampulha, Belo Horizonte

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DETALHES SOBRE SESSÕES​

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Programação

 
18/08/2025


19h Mesa de abertura

O trabalho das imagens fotográficas na transformação da imaginação política

Apresentação geral da Jornada, com a Profa. Dra. Ângela Cristina Salgueiro Marques (UFMG); Prof. Dr. Eduardo Queiroga (UFMG) e Prof. Dr. Benjamim Picado (UFF).

 

Conferência de abertura 

Palestrante: Anelise De Carli (PUCRS)

Tema: O unívoco e o potencial: fotografia como filosofia e vice-versa

Debatedor: César Guimarães (UFMG)

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19/08/2025

9h Sessão 1: Fotografia, corporeidades e inscrições de si na imagem
Debatedora: Bruna Mibielli (PUC-MG)

 

Autorretrato como experimentação de estilo: uma análise da performance de Vivian Maier

Clara Louise Dias Santos (UFS)

 

A imagem em três tempos: fotografia, corpo e pintura na obra de Helena Almeida

Letícia Bertagna; Layane Nogueira Castro (UFJF)

 

Inscrição do dispositivo, inscrição de si: a fotografia em Ulysse, de Agnès Varda

Luís Matheus Brito Meneses (UFMG)

 

14h Projeção

Conferência

Palestrante: José Afonso Junior (UFPE)

Tema: A fotografia e o chão da lembrança: Uma pesquisa entre imagem e letra no Sertão e seus desdobramentos na paisagem
Debatedora: Greice Schneider (UFS)

 

16h Sessão 2: Arquivos, memória e agências fabuladoras
Debatedora: Anna Karina Bartolomeu (UFMG)

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Fábulas imagéticas: fotografia, território e agência no projeto “Retratistas do Morro”

Mariana Falcão Duarte

 

Dimensões do tempo pelo olhar da maré — os rastros de duração da pinhole nas fotografias

do projeto Mão na Lata

Dayanne Santos Carvalho (UFS)

 

Catanduvas: a fotografia como forma de imaginar o esquecimento

Giordano Schmitz Toldo (UFRGS)

 

Ilustríssimos: a presença de crianças em um arquivo em disputa

Maria Figueiredo Vaz

 

20/08/2025
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9h Sessão 3: Outros modos de ver, imaginar e aproximar
Debatedora: Ana Carolina Lima Santos (UFOP)

 

Mirar montagens, montar miragens: notas de um experimento teórico-metodológico

Daniel Paiva de Macêdo Júnior (UFMG/UFOP)

 

O encontro da fotografia do botânico Jacques Huber (1867-1914) com 8 artistas

contemporâneos na exposição “In Natura / In Vitro” – Processos curatoriais entre arte e ciência

Mariano Klautau Filho (UNAMA)

 

O papel da fotografia na produção e na disputa pela memória do desastre-crime de Fundão

Ana Elisa Novais (IFMG)

 

Cartografia Neomaterialista de Dispositivos: Uma metodologia fotográfica para análise de afetos ecológicos

Caio Dayrell Santos (UFMG)

 

14h     
Projeção Estranha vertigem
Conferência
Palestrante: Cláudia Linhares Sanz (UnB) 
Tema: A vida da fotografia e a sobrevivência do olhar – segundo o pensamento lissovskyano
Debatedor: Benjamim Picado (UFF)

 

16h Sessão 4: Convocar, pensar e agir entre e com as imagens

Debatedora: Glaura Cardoso Vale (CEFET-MG)
 

A arte de convocar fantasmas: as contranarrativas visuais ao arquivo fotográfico colonial

Júlia Zuza

 

Imagens negras desobedientes: tecnopoéticas autoinscritas e futuros fabulatórios com IA

Daniel Meirinho (UFRJ)

 

Entre duas revoluções: por uma pequena história de um salto antirracional na fotomontagem

Paola Pacini Orlovas (UNICAMP)

 

Transparência fotográfica e o problema do realismo das imagens

Hermano Callou (UFRJ)

 

 

21/08/2025

9h30 Mesa redonda de balanço e debate sobre ações de fortalecimento das redes de pesquisa em fotografia no Brasil

 

Organização: Rede Grafo, NFoto, PPGCOM/UFMG

Apoio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / FAPEMIG

 

 

SOBRE AS PALESTRAS

O UNÍVOCO E O POTENCIAL: FOTOGRAFIA COMO FILOSOFIA E VICE-VERSA

Anelise De Carli

 

Há algo de hierárquico revelado na formação de expressões como “filosofia da fotografia”. Esta suposta “possessão” daria a ver que ainda se acredita em certa gênese disciplinar do saber das práticas e, adicionalmente, isola o trabalho de construção de conhecimento de um lado e a atuação no mundo da vida do outro. E se tentássemos propor o oposto? Uma fotografia da filosofia revelaria que relações? No que nos faria pensar? Elaborando na esteira dessa improvável inversão, discutimos sobre as consequências éticas, estéticas e conceituais que certo posicionamento da “fotografia” como prática técnica produziria, seguindo as propostas críticas elaboradas por Ariella Aïsha Azoulay e Marisol de la Cadena.

 

Anelise De Carli é ensaísta, crítica e pesquisadora com foco em teorias da imagem, estudos críticos de raça e gênero e pensamento ecológico. Atualmente desenvolve projeto de pós-doutorado sobre a ontologia política do colonialismo e cultura visual no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS, onde também atua como professora colaboradora, assim como no Programa de Pós-Graduação em Estudos Culturais da USP. Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS, lecionou anteriormente na Escola de Belas Artes da UFRJ e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. É cofundadora da APPH – Associação de Pesquisa e Prática em Humanidades e integra os grupos Terranias: Núcleo de Pensamento Ecológico (PUC-Rio/CNPq) e Atlas do Antropoceno (PUCRS).

 

 

A FOTOGRAFIA E O CHÃO DA LEMBRANÇA: UMA PESQUISA ENTRE IMAGEM E LETRA NO SERTÃO E SEUS DESDOBRAMENTOS NA PAISAGEM

José Afonso Jr.

 

A apresentação se elabora na relação entre fotografias familiares e o fenômeno da lembrança, a partir de relatos de moradores e moradoras do Sertão do Pajeú. Por meio de uma abordagem poética e participativa, a pesquisa articula memória, imagem e criação. As imagens coletadas no campo não apenas registram rostos e cenas, mas acionam narrativas afetivas, em diálogo com poemas produzidos a partir das imagens, e imagens produzidas a partir de poemas. O trabalho é um entrelaçamento entre fotografia e poesia, onde ambas se tornam expressão de um mesmo gesto de lembrança. Esta, emerge situada no território, no corpo e na oralidade sertaneja. O projeto assume um caráter experimental e sensível, em que lembrar é também criar e compartilhar.

 

José Afonso Jr. é fotógrafo, professor e pesquisador de Comunicação na UFPE. Mestre (2000) e doutor (2006) pela Universidade Federal da Bahia, e pós-doutor (2011), pela Universidade Pompeu Fabra, Barcelona. Atua em projetos editoriais e curatoriais além de coordenar grupo de pesquisas na área de fotografia, com especial interesse na imagem documental.

 

 

 

A VIDA DA FOTOGRAFIA E A SOBREVIVÊNCIA DO OLHAR – SEGUNDO O PENSAMENTO LISSOVSKYANO

Claudia Linhares Sanz

 

Maurício Lissovsky, pensador brasileiro que nos deixou prematuramente, escreveu uma obra singular sobre a fotografia. Estudá-la é uma forma de afirmar nossa produção intelectual e encontrar pistas para compreender o contemporâneo. Diante de um mundo em que as imagens já não precisam dos humanos para nascer, a tarefa de pensar e fazer fotografias se renova. Questões singulares emergem e obstáculos inéditos se interpõem à sobrevivência do olhar. Nesse processo, novas imagens se erguem da história para que possamos identificar, na experiência fotográfica, uma forma de vida inteiramente singular. Isso é uma das lições fundamentais que o pensamento lissovskyano nos oferece: aprender a ver com a fotografia – com o que ela inventou no mundo das imagens, com o que ela criou no tempo e inscreveu na história.

 

 

Claudia Linhares Sanz atualmente faz pós-doutorado na Universidade de Barcelona. Entre 2017 e 2018, fez pós-doutorado no Zentrum für Literatur-und Kulturforschung (ZfL), em Berlim, desenvolvendo a pesquisa Images of the future and contemporary education. Líder dos grupos de pesquisa (In)Vis - Imagem e pessoas com deficiência (CNPq) e GRITS- Imagem, Tecnologia e Subjetividade (CNPq). É professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UNB), professora e pesquisadora da Pós-Graduação em Comunicação também da Universidade de Brasília. Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense com pesquisa sanduíche no Instituto Max Plank de História da Ciência em Berlim. Tem pesquisado e orientado temas como: Experiência contemporânea do tempo e Regimes de visibilidade; Imagem, Risco e Segurança; Imagem, Tecnologia e Subjetividade; Educação, Comunicação e Sociedade de controle; Futuridade, Imagem e Subjetividade; Teoria e história da Fotografia. Fundou e coordenou o projeto de extensão Alumiar: práticas e reflexões acerca das imagens nos processos formativos. Coordena o projeto de Pesquisa (In)visibilidades da pessoa com deficiência no regime contemporâneo de imagens no âmbito do convênio UnB-Fenapaes.

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